Olá pessoal. Andei sumido a semana passada, mas foi por um bom motivo, minha preparação para concursos, que vem tomado muito tempo. Hoje lhes apresento um assunto acerca da fisioterapia aplicada a pneumologia, cujo o trabalho foi feito por mim em um projeto de extensão. A publicação será dividida em duas partes. Boa leitura.
Sumário
PICO DE FLUXO
EXPIRATÓRIO
DEFINIÇÃO
Pico de fluxo
expiratório (PFE) é o fluxo máximo alcançado durante uma expiração realizada
com força máxima e iniciado em um nível máximo de insuflação pulmonar. O PEF é
considerado, assim como o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1),
é um índice indireto do calibre das cias aéreas. Porém, o PFE parece ser menos
sensível do que o VEF1 para detectar obstrução das vias aéreas
(Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
Em sujeitos saudáveis,
o PFE é determinado pelo volume pulmonar (que uma função da estrutura), pelas
propriedades elásticas do pulmão e pela força e coordenação da musculatura
expiratória. Das situações patológicas que pode interferir no PFE, a mais comum
é a desordem na estrutura ou função das vias aéreas intratorácicas, que promove
aumento da resistência do fluxo aéreo dentro dela. O PFE pode também estar
diminuído por obstrução nas vias aéreas extratorácicas, por condições que
limitam a expansão pulmonar ou afetam a função dos músculos expiratórios ou por
condições que afetam a integridade do sistema neural. A medida do PFE, por
tanto, tem grande valor na identificação e na monitorização do progresso da
limitação ao fluxo aéreo, avaliando sua severidade, variação e resposta ao
tratamento (Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
REALIZAÇÃO DA MEDIDA
Uma instrução
apropriada, assim como o estímulo ao paciente é importante para o sucesso do
teste. Na primeira manobra, deve ser dada uma explicação, seguida de uma
demonstração. O teste pode ser realizado com o indivíduo em pé ou sentado,
porem o pescoço não deve estar flexionado ou hiperextendido para não afetar a
complacência traqueal. O uso de clipes nasais não é necessário durante a
realização das manobras (Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
O teste é realizado
partindo-se de uma inspiração máxima seguida por uma expiração forçada máxima,
curta e explosiva através da peça bucal acoplada ao medidor de pico do fluxo.
Diferentemente da manobra de capacidade vital força, a manobra de pico de fluxo
necessita de menos de um segundo. Alguns estudos realizados com sujeitos
saudáveis e com pacientes demonstraram que as medidas do PFE podem mostrar
grande variação dependendo do padrão da inspiração que precede a manobra
expiratória forçada. Os autores desse estudo relataram que o PFE é maior quando
uma inspiração rápida é realizada entes da manobra expiratória forçada, ou
seja, com pausa pós-respiratória inferior a quatro segundos. Omar et al. não
encontraram diferença no PFE quando compararam a ausência de pausa após
inspiração como pausa menor igual a dois
segundo (Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
VALOR DE REFERÊNCIA X MÁXIMO
VALOR OBTIDO
·
De acordo com Dikshit, o PFE alcança seu
pico entre 18 e 20 anos, mantendo seus valores até os 30 anos no homens e 40
nas mulheres, declinando com a idade. Como o declínio do PFE é pequeno em
adultos normais, um valor máximo obtido de um paciente poderá permanecer válido
por até cinco anos após seu registro. Em adolescentes saudáveis e adultos
jovens, o PFE é influenciado pelo crescimento, por isso são aceitas medidas realizadas
nos últimos seis meses (Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
·
O PFE é considerado um índice indireto
do calibre das vias aéreas.
·
A medida do PFE tem grande valor na
identificação e na monitorização do progresso da limitação ao fluxo aéreo,
avaliando sua severidade, variação e resposta ao tratamento.
·
Uma instrução apropriada, assim como estímulo ao paciente é importante par ao
sucesso do teste. (Britto, R. R.; Brant, T. C. S.; Parreira, V. F. 2008).
REALIZAÇÃO DA MENSURAÇÃO
DAS MEDIDAS DE VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES (VENTILOMETRIA)
Para as avaliações
realizadas com o bocal descartável foi solicitado ao participante que
realizasse uma preensão labial suficiente para evitar escape de ar ao redor do
bocal. Um clipe nasal evitou o escape de ar pelo nariz. As variáveis
foram medidas com os indivíduos sentados, com os pés em apoio no chão, com
flexão de quadril e joelho a 90° e o avaliador foi responsável por evitar
qualquer tipo de vazamento, otimizando o ajuste do bocal nos lábios do
indivíduo (FREGADOLLI, P. 2010).
Para obtenção das
medidas de volumes pulmonares, freqüência respiratória e capacidade vital, foi
utilizado um ventilômetro Wright Mark 8 analógico (Ferraris), com visor de 35
mm, dois mostradores de 0-1 l/min e 0-100 l/min (FREGADOLLI, P. 2010).
A CV foi medida com o
ventilômetro conectado ao bocal descartável semi-rígido e determinada a partir
de uma inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT), seguida de expiração
até o volume residual (VR). As medidas foram tomadas por três vezes e obtidas à
média entre elas. Os volumes pulmonares e a freqüência respiratória foram
medidos com o ventilômetro conectado ao bocal descartável semi-rígido ou à
máscara facial. O indivíduo foi orientado a respirar tranqüilamente dentro do
aparelho por um minuto para a leitura do volume-minuto (Vm). Durante esse
tempo, o avaliador contou o número de respirações (freqüência respiratória,
FR), para o cálculo do volume corrente (Vc), dado pela fórmula Vc = Vm/FR
(litros) (FREGADOLLI, P. 2010).
Volume de reserva
inspiratório (VRI). Volume máximo que pode ser inspirado voluntariamente ao
final de uma inspiração espontânea, isto é, uma inspiração além do nível
inspiratório corrente. Corresponde a cerca de 45 a 50% da CPT (BARRETO, S. S.
M. 2002).
Volume de reserva
expiratório (VRE). Volume máximo que pode ser expirado voluntariamente a partir
do final de uma expiração espontânea, isto é, uma expiração além do nível de
repouso expiratório. Corresponde a cerca de 15-20% da CPT ( BARRETO, S. S. M.
2002).
Uma forma não invasiva
de monitoração da saturação de oxigênio pode ser a oximetria de pulso (SpO2),
que verifica a saturação por meio do principio da absorção de luz em um
comprimento de onda específico (COSTA, V. S. P. 2005).
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