Introdução
A fisioterapia
respiratória destina-se a melhorar as condições funcionais do aparelho respiratório. Emprega uma grande variedade de exercícios terapêuticos e
técnicas relacionadas para avaliar e tratar efetivamente o paciente com
disfunções cardiopulmonar, de acordo com a necessidade de cada patologia,
baseado no conhecimento da anatomia e fisiologia pulmonar, visando melhorar a ventilação
perfusão e dinâmica respiratória.
 Sistema Respiratório
É o sistema responsável
por fornecer oxigênio para o sangue que irá manter todas as células do corpo em
funcionamento.
A
função básica do sistema respiratório é a troca de gases de maneira que o
oxigênio sanguíneo arterial, do dióxido de carbono e os níveis de pH,
mantenham-se dentro dos níveis fisiológicos.
O
sistema respiratório é constituído por:
         • fossas nasais,
         • boca,
         • faringe,
         • laringe,
         • traqueia,
         • pulmões,
         • brônquios, bronquíolos e os alvéolos,
todos localizados nos pulmões.
Vias
Aéreas
Superiores
Tem a função de captação,
filtragem, umidificação e aquecimento do ar.
Vias
Aéreas
Inferiores
e Pulmões
A nível
da carina, o brônquio-fonte esquerdo ramifica-se em um ângulo mais agudo
e é mais longo que o brônquio-fonte direito, que está mais alinhado com
a traquéia.
Ø 
Pulmão Direito: maior 
e possui três lobos.
Ø 
Pulmão Esquerdo: menor devido ao posicionamento do coração e
possui dois lobos e um lobo atrofiado (Língula).
Ø  Nos pulmões os brônquios ramificam-se
profundamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.
Ø  O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore
brônquica.
ØCada bronquíolo termina em pequenas bolsas
recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Ø  É nos alvéolos que se dá as trocas gasosas.
Fisiologia da Respiração
A inspiração, que promove a entrada de ar nos
pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos
intercostais. O diafragma baixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento
da caixa torácica, com consequente redução da pressão interna (em relação à
externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.
A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões,
dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais.
O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa
torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos
pulmões.
Músculos da Respiração
Ø  Inspiração:
o  
Diafragma (70%),
o  
Intercostais externos,
o  
Externocleidomastoideo,
o  
Serrátil,
o  
Escalenos.
Ø  Expiração:
o  
Intercostais internos,
o  
Abdominais.
Fisiologia da Respiração 
Ø 
A função respiratória se
processa mediante três atividades distintas e coordenadas.
o  
VENTILAÇÃO
o  
PERFUSÃO
o  
DIFUSÃO
“shunt”
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
Ø  é a porção do VC (70%), que participa efetivamente
das trocas gasosas. Sua avaliação á feita através da média da PCO2
no sangue arterial. A ventilação não é uniforme e depende do gradiente de
pressão pleural, que é variável nos segmentos pulmonares;
Ø  nos adultos, a região mais ventilada durante o
repouso são as bases.
PERFUSÃO
Ø  DEFINIÇÃO:
Ø  É maior nas bases e decresce em relação aos ápices.
Isso ocorre em virtude da pressão alveolar ser mais alta que a pressão capilar,
levando a uma maior compressão dos mesmos. 
SHUNT
PULMONAR
Definimos como shunt a
passagem de sangue por alvéolos não ventilados, que portanto não sofre troca
gasosa. A maneira mais simples de ser estimado é pela diferença da pressão
parcial de O2 no sangue arterial (PaO2) e no ar alveolar
(PAO2).
ESPAÇO MORTO
Ø  SHUNT PULMONAR Sabe-se que nem todo o VC
inspirado vai participar das trocas gasosas. Uma parte desse volume vai
constituir o chamado espaço morto, que compreende:
Ø  ESPAÇO MORTO ANATÔMICO – corresponde ao ar que fica
nas vias aéreas superiores, na traquéia e nos brônquios;
Ø  ESPAÇO MORTO ALVEOLAR – compreende o ar que preenche
alvéolos não perfundidos;
Ø  A soma desses dois espaços corresponde a 30% do VC,
que não participa das trocas gasosas e é denominado ESPAÇO MORTO FISIOLÓGICO.
 RELAÇÃO VENTILAÇÃO – PERFUSÃO
(V/Q)
Ø  Esta relação é alterada sempre que houver um
desequilíbrio entre o shunt e espaço morto fisiológico;
Ø  EFEITO SHUNT – predomínio da perfusão;
Ø  EFEITO ESPAÇO MORTO 
- predomínio da ventilação.
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
Ø  Controle Nervoso:
Ø  A respiração é controlada automaticamente por um
centro nervoso localizado
no bulbo.
Ø  O mais importante músculo da respiração, o
diafragma, recebe os sinais
respiratórios através de um nervo especial, o nervo
frênico, que deixa a medula
espinhal na metade superior do pescoço
(C3,C4,C5) e dirige-se para baixo,
através do tórax até o diafragma.
VOLUMES PULMONARES
Ø  Volume corrente (VC): É o volume de ar inspirado ou expirado em
um ciclo respiratório. VC = 500 ml.
Ø  Volume de reserva inspiratória
(VRI): É o máximo volume de ar
que ainda pode ser inspirado após uma inspiração basal. VRI= 3.000 ml.
Ø  Volume de reserva inspiratória
(VRE): É todo o volume que se
consegue expirar após uma expiração basal. VRE= l.l00 ml.
Ø  Volume residual (VR): É o volume de ar que permanece nos pulmões após
uma expiração máxima e forçada. VR= l.200 ml.
CAPACIDADE PULMONAR TOTAL
Ø  São combinações de 2 ou mais volumes pulmonares
importantes na descrição dos ciclos respiratórios.
Ø  Capacidade inspiratória (C.I.): É o volume máximo
que uma pessoa pode inspirar após uma expiração basal. Ela corresponde, numericamente,
à somatória do volume corrente com o volume de reserva inspiratória. CI=3.500
ml
Ø  Capacidade vital (C.V.): É o volume máximo de ar
mobilizado entre inspiração e expiração máximas. Trata-se da somatória de
volume corrente,volume de reserva inspiratória e volume de reserva expiratória.
CV= 4.600 ml
CAPACIDADE PULMONAR TOTAL
Ø  Capacidade
residual funcional (CRF): É o volume de ar
que permanece nos pulmões após uma expiração basal, ou seja, é a somatória do
volume de reserva expiratória com volume. CRE=2300 ml.
Ø  Capacidade
pulmonar total (CPT): É o volume contido nos
pulmões após uma inspiração máxima, ou seja, é a soma de todos os volumes
pulmonares.
colaboração do professor Thiago Manguba








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